sexta-feira, 24 de abril de 2009

Analfabetismo cada-vez-mais-certificado

imagem
Parece que «mais importante do que criar a obrigatoriedade de permanência [durante 18 anos, pelo menos], é "criar condições" para que os alunos se sintam atraídos pela escola, que deve corresponder às suas expectativas, o que não veio sucedendo e justificará o abandono escolar".
Acho que tenho a Solução: aulas facultativas. Assim os alunos que gostam da escola/mas não gostam das aulas e que nem têm paciência para desafios cognitivos e trabalho esforçado podem permanecer no sistema"com condições" e motivação para se dedicarem a todas as outras tarefas pelas quais se sintam atraídos. Até porque estão a receber uns dinheiritos a mais no abono, independentemente do desempenho académico.
E depois, na eventualidade remota, de encontrarem um trabalho, é bom que os empresários/chefes hierárquicos «criem as condições» para que os trabahadores se sintam cativados pelo trabalho.
Excepção feita a todas as alunas e alunos que se empenham, mesmo aqueles que têm de superar algumas barreiras. Mas esses já lá estão…
É assim que as políticas educativas preparam as novas gerações

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Quase interessante este post. Não fosse a já habitual maledicência e a falácia como argumento. Só uma achega: se (alguns) dos alunos que estão no sistema de ensino se esforçam é porque estão motivados e este corresponde às suas expectativas. Mas, como não temos todos de comer o mesmo, se conseguirmos diferenciar o ensino e cativar e motivar mais jovens, isso é bom.

ff disse...

Pois, quase, estamos de acordo Orlando. Talvez contagiada pela minha experiência preocupam-me os alunos que não querem saber dos saberes académicos, façamos pino e cambalhota nas estratégias utilizadas. São os que comparecem diariamente na escola, não nas aulas, para intencionalmente "incomodar", com casos gravíssimos de indisciplina que comprometem a qualidade de vida de todos os que trabalham, frequentam e gostam da escola. Casos assustadoramente preocupantes pela sua repetição e pela limitação que a escola tem para os resolver. Existem muitas teorias que explicam a motivação e expectativas face à construção do projecto de vida. A escola é só um dos contextos influenciadores.
Tem o Orlando razão mas, então, antes de generalizar esta obrigatoriedade não seria mais adequado que o ME, com as escolas, mobilizasse ofertas educativas para TODOS os alunos? Progressivamente estas poderiam ser ajustadas e logo se veria se as práticas não permitiriam transformar-se em norma.
Por outro lado, parece-me inacreditável que o acréscimo nos abonos dos alunos dos escalões A e B, que frequentam o secundário, não tenham qualquer relação com o seu desempenho escolar (comportamento e sucesso). Custa-me ver “o meu dinheiro” alimentar alunos que estão no “parque de estacionamento” da delinquência.
Obrigada por espreitar a cicuta
ff