quinta-feira, 7 de maio de 2009

É preciso muita fé, mas muita fé mesmo

«7 — A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.»
In Resolução da Assembleia da República n.º 21/2009 que aprova o regime de presenças e faltas ao Plenário
pergunto:
1- porque é que os restantes funcionários não são dignos da mesma forte e inabalável convicção?
2- porque é que esta absoluta confiança passa a ser posta em causa quando a doença é mais grave e, por isso, obrigue o(a) deputado(a) a ficar impossibilitado(a) de trabalhar para além de uma semana?
3- terá esta fé alguma coisa a ver com aquele episódio em que um projecto de lei (avaliação de desempenho docente) não foi aprovado porque faltaram muitos deputados?
4- esta confiança estará apoiada na aplicação periódica de instrumentos de avaliação rigorosos como o polígrafo?

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